segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O melhor de 2008

'Fala do homem nascido’ – Nuno Prata, música de Janeiro, ‘Sol’- Stockholm Lisboa Project e ‘Parainfernalia’ – Diabo a Sete, os álbuns; ‘Nove e trinta no Maria Matos’ – Sérgio Godinho & Os Assessores, álbum de Fevereiro; ‘Grândolas’ – Mário Laginha e Bernardo Sassetti, no melhor e único concerto; Kumpania Algazarra, banda, álbum e concerto de Março; ‘New soul’ – Yael Naim e ‘I saw her standind there’ – The Beatles, músicas de Abril; ‘Modern Times’ – Bob Dylan, o álbum; ‘Vermelho redundante’ – Jorge Palma, a mais ouvida de Maio; Amadou et Mariam, a banda de Junho, ‘Muchachito Bombo Infierno’ e ‘Toots And The Maytals’, os melhores concertos, Caravan Palace, a revelação, ‘…de porta em porta.’- Zaatam, o lançamento familiar; ‘My back pages’ – Bob Dylan, música de Julho, Gogol Bordello, a hora endiabrada, Bob Dylan e Neil Young, os sonhos realizados; Mu, Pé na Terra, Melech Mechaya, Toques do Caramulo, Monte Lunai, Uxu Kalhus, e os outros todos, em Agosto; Alguns destes, Júlio Pereira, Kumpania Algazarra, Fado Morse, Grupo Moncada, e muito mais, em Setembro, ‘Mama Hue’- Grupo Moncada, o hit da festa; ‘Prólogo’ – Anaquim, o LP em Outubro, 'Na minha rua' - Anaquim, a música; ‘Canção ao lado’ – Deolinda, álbum e música de Novembro; ‘If I Should Fall from Grace with God’ – The Pogues, o CD mais ouvido em Dezembro, Emir Kusturica & TNSO, até ao fim do ano.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Canção de Natal

Chega o Natal e o ar altera-se.
A música, essa, vai atrás, transfigura-se, como que se alguém por decreto o decidisse.
Avizinham-se inevitáveis sinais de nostalgia, recordações de uma infância não muito distante. E é assim, desta forma, que a memória faz das suas, por entre canções mais ou menos badaladas.
Para este ano é esta a minha canção de Natal. Escolhia contrariando a ilusão de quem pensa que por esta altura o Mundo é melhor.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Desde há bocado

Estou de férias!!!
Não me canso de o dizer, quando finalmente chega o momento.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

10 dias

Há 10 dias que não deixo nada aqui.
Se por aqui tenho passado, é para pôr a música a andar, raio da banda!
Em 10 dias faz-se muita coisa, não se faz nada.
Tem sido assim, nestes, nos outros dias.
Falta pouco para as férias, tenho menos de 10 dias para pensar no que de melhor há para fazer com elas.

domingo, 30 de novembro de 2008

Fall from grace




Há 20 anos nem sei onde andava.
Por certo, nem beberia alcool nem ouviria coisas destas.
Hoje fica a sensação da música acabar demasiado depressa, de ter que repetir e repetir.
Estas caras já não são assim, mas eu gosto delas, como eram e como são agora.
Deixem-me ir, até onde os rios correm secos.
Sei lá se isto é cair em desgraça.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Arroz de míscaros

Se não houvesse amanhã, hoje iria aos míscaros.
Calçaria as luvas, as botas, enfrentaria o frio, mata adentro.
Apanharia os amarelos, mas não deixaria os brancos para trás, come-se tudo.
Voltaria com o saco cheio quando já nada se visse e lavaria cada um, para encher o tacho.
É Novembro, na Beira Alta!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A gripe

- Está? Bom dia.
- Olá, bom dia. Diga.
- Olhe, sabe-me dizer se o médico já chegou?
- Pois, sabe, o Doutor ligou há pouco a dizer que hoje não vem.
- Ah, está certo. Sendo assim, fico doente até amanhã.

domingo, 26 de outubro de 2008

Dia inchado

Não, não me esqueci.
Encontro-te às últimas horas, a ti, que sem mérito próprio vives mais tempo.
Tu, que anuncias os dias frios e as noites às cinco da tarde, bem podes agradecer a esse oculto padrinho, senhor desta injustiça, único responsável por mais este desequilibrar de forças.
Fica sabendo que Março chega depressa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

15º DNCD - Anos vagos vs Dias úteis

Esta história parte do começo.
Inicia-se pelo princípio, naquele instante em que alguém se lembrou de gerar vidas, de as fazer viver e de lhes pôr termo.
Começa por isso sem argumentos, com a certeza de acabar sem sucesso, certa de cair no fracasso. Aqueles que dela conseguirem ver mais que isto, mais que uns quantos anos a passar tempo, lhe dêem o devido andamento.

Viro-me para o palpável.
Os dias passam, o tempo encarrega-se disso. Por entre cambalhotas e soluços, parece caber-nos achar a melhor forma de os ocupar.
Opções não faltam e não é precisa grande imaginação. Já muito foi inventado, agradeça-se aos antepassados. Assim...
Namoros e engates, com tentativas pelo meio, andarão no top de escolhas. A seguir, os empregos e outras chatices.
A televisão, invenção recente, não estará mal colocada, se bem que corra o risco de vir a ser ferozmente ultrapassada pelo hi5 e pelo messenger.
O sudoku e o solitário também farão parte da lista. Quanto às artes, ao trabalho e às viagens, andarão pelo fim da tabela.
Como me esqueci do futebol, das refeições e de outras prioridades, tenho a conversa estragada. Deveria recomeçar, apontar num papel para não me esquecer de nada, mas já não há paciência.
No fundo, caberá a cada um achar as suas utilidades, por muitos ou poucos que sejam os dias em que se queira investir.
Nessa certeza, decido acabar, mas um sopro de última hora faz-me lembrar de outra coisa.
Atordoado, hesito, sem conseguir encaixar essa tal coisa do ‘amor’ nesta segunda parte do texto. Prometi, a mim mesmo, que a primeira ficaria, hoje, por aqui.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Toques do Caramulo

De olhos na serra e virados para o mundo.
Assim de repente é do que lembro, depois de os voltar a ouvir.
Quando há uns meses os conheci, fiquei intrigado. Na altura, bastou um par de músicas para isso. Afinal que raio de grupo seria esse que, agarrando em modas e cantos regionais, os recriava de forma tão livre e arrojada?
Três concertos depois, não restam dúvidas.
Os Toques ganham ao vivo a força de quem nasceu para conversar com o público, justificando por completo o nome dado ao álbum.
A empatia criada é assim qualquer coisa transbordante para aqueles que assistem e que, por isso, pertencem ao espectáculo.
Muita da culpa tem-na o vocalista que entusiasma as faces mais sóbrias. A propósito, ouço-o e lembro-me do grande Fausto.
Enfim, perdoe-se-me a estúpida analogia.
Há poucos dias, de pleno 25 de Abril, foi giro ver ser lançado um cd para a multidão, acompanhar o seu voo, e vê-lo cair ali à frente, dizendo: ”Toma, é para ti!”
Puro folk serrano, dizem eles.

sábado, 20 de setembro de 2008

A cabeça entre as orelhas

- Não seria suposto dizeres qualquer coisa?
- Sobre?!
- Sobre várias coisas.
- Não me lembro.
- Não te lembras? No outro dia todo indignado lá com as politiquices, hoje já nem te lembras.
- Ah sim, isso. Deveria dizer, não tenho conseguido.
- Mas há mais.
- Há?
- Sabes que sim.
- Quanto às políticas, vou tentar. Prometo.
- Não mudes de assunto.
- Certo, mas fica sabendo que voltas ao mundo não se dão quando a gente quer.
- Se é para amanhã...
- Sim, tenho que me ir preparando.

sábado, 13 de setembro de 2008

Avante!

Ignore-se o programa da festa e num mero exercício especulativo imagine-se que todo o cartaz era cancelado.
Pense-se naquela imensidão de espaço sem espectáculos, sem estruturas, só com gente, aquela gente.
Percebida a ideia, aprecie-se a alegria e respire-se a boa vontade.

Domingo chega depressa.
A multidão dispersa, segue o seu caminho.
Os dias voltaram cinzentos e resta saber o que é feito de tudo aquilo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A volta ao mundo

Passado, presente, futuro.
Em 3 palavras o resumo de muitas outras que bailam no pensamento, que não ganham sentido.
Ontem, hoje, amanhã.
Palavras trocadas em nova tentativa.
Ontem não faz sentido hoje.
Hoje não será para amanhã.
Amanhã na origem do título.
Para amanhã, a volta ao mundo!
Já é um começo, não é mau.

domingo, 24 de agosto de 2008

A dúvida

- Então e que fazer quando o que se pensa não se deve escrever?
- Não sei, não sei.
- De qualquer forma, é melhor deixar aqui qualquer coisa.
- Sim, acho que sim.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Andanças

Conheci o Andanças sabendo que iria gostar.
No fundo é daquelas certezas que só não se confirmam totalmente porque, graça haja por isso, as expectativas por melhores que sejam acabam às vezes por ser superadas.
Entre descobertas e confirmações, valeu a pensa. Sem dúvida que sim…
De resto não há agora muito mais a dizer. Só me pergunto como é que num espaço tão pequeno pode afinal caber tanto mundo.
Pelos vistos cabe e ainda bem.
As férias continuam, o Andanças volta para o ano.
Eu quero voltar.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

14º DNCD – Quim António vs Os senhores do Mundo

Apresento Joaquim António, personagem fictícia, 40 anos, residente na periferia lisboeta.
Quim António, como sempre foi tratado, vive entre os demais. É por isso um ser anónimo se pensarmos na imensidão do país.
Isto só por si não quer dizer nada. Desde os 20 anos que o seu estilo de vida e maneira de ser o têm levado a conhecer muita gente, a desenvolver boas amizades.
Por ter crescido num meio pequeno precisou ir para a faculdade para perceber melhor as coisas. Na terrinha tinha os livros e a televisão mas na cidade a abertura era outra.
Não foi por isso difícil, por essa altura, revoltar-se com o Mundo.
Apenas mais um, poderá dizer-se. Não acho que seja assim.
Nas primeiras discussões sobre actualidade política conseguiu manter a calma, ao invés do seus novos amigos que prometiam destituir o presidente. Nesses dias ia para casa, sozinho, a pensar sobre o assunto, tentando construir de forma lógica e coerente o seu próprio manifesto. Acabava quase sempre por lhes dar razão, embora um persistente ‘mas’ fosse capaz de pôr alguns deles à beira de um ataque de nervos.
Na primeira Festa do Avante a que foi, era dos poucos não militantes do grupo. Valeu-lhe uma ou outra boca foleira dos mais sectários, perfeitamente diluídas na imensa alegria que sentia. Sempre apreciou aquele ambiente, o espírito, a arte. Deve ser por isso que continua a ir lá.
Foi uma época intensa: participou em protestos, leu os clássicos, idolatrou rock n’ roll.
Ciente da distância a que o seu sonho se encontrava, sorria perante as derrotas e minimizava as vitórias. De resto a vida corria-lhe bem, dentro daquela liberdade infinita de quem conta os tostões mas que tem o tempo a seus pés. Vidinha de estudante, subentenda-se.
Os anos foram passando e ao contrário de muitos manteve a coerência e o rumo há muito definidos. Não abalou perante decepções, queda de muros, desvios oportunistas ou incapacidades várias. Já antes tinha sabido lidar com contradições históricas além de que, quem como ele resistiu ao pós PREC, resistirá por certo a muito mais.
No início dos anos 90 mantinha a sua independência intacta, o preconceito em alguns temas, a arrogância perante os do costume. Despertou para os novos movimentos antes de muitos, e mais tarde foi a Génova e a Porto Alegre.
Sentiu há poucos anos necessidade de mais estabilidade. Por isso casou, com a sua companheira de há muito.
Tranquilo, olha para o futuro sem dele esperar muito mais. Para ele as coisas só mudarão quando as pessoas assim quiserem. É este o segredo e não haverá certamente força obscura que contrarie tal movimento.
Ontem deitou-se a pensar na crise do petróleo. Não evitou vociferar um dispensável palavrão insultuoso. Foi só uma desculpa para a mulher acordar e ficarem ali, minutos a fio, a fazer amor.

domingo, 27 de julho de 2008

"My back pages"



Acho que os mitos são mesmo assim.
Bob Dylan escreveu esta música e merece uma estátua.
Neil Young com esta alma vai direitinho para o céu.
Eu, que no mesmo fim-de-semana os pude ver pela primeira vez ao vivo, sinto que perdi uma outra virgindade.
São deuses e ponto final.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

13º DNCD - Muchachito Bombo Infierno vs Gogol Bordello

Nada de confrontos, nada de duelos.
Apenas para que fiquem registados os até agora mais endiabrados concertos do ano.
Primeiro estes…


Estes depois...


Do carago!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sem pensar

Tenho sede mas estou sentado. Será melhor?
Começo a sentir a ressaca da ausência, mesmo que de um incógnito nada. Para já estou sentado. Ou me levanto ou me deito de vez. Decisão para breve.
Água, é isso que quero! Mas estou sentado…
O FMM de Sines deve ser giro. Nunca fui, gostava.
Sem pensar…
Contrariando a génese da coisa e o cabeçalho.
Gostei.
Ah! E as férias?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um portátil e um sofá

Nesta sala, de pernas estendidas e com o calor do computador sobre as pernas, descontrai-se. É simples, vulgar.
Fosse este cérebro dotado de perfeito juízo e agora não estaria aqui. Não é, azar...
Talvez para a maioria não tenha muita importância, mas momentos como este apetecem. Música ao ouvido, dois dedos de conversa, uma ou outra informação. Depois de um dia inteiro a ouvir falar do mesmo faz bem e é o que se pode arranjar.
Poderia tornar-me útil, olhar em volta, revoltar-me com os problemas do país. De momento o egoísmo não permite e hoje não dá.
Com isto tudo a esta hora é provável que o Mundo esteja a ser decidido num qualquer gabinete. Eu estou bem assim.
O sono que me perdoe, o corpo que aguente mais um bocado. Fico mais uns minutos.

terça-feira, 15 de julho de 2008

O antes

A tribo vai-se juntando num amontoado de gente.
Faltarão 5 minutos e a expectativa aumenta a cada segundo. O melhor é nem tentar a barraca dos finos agora, que já não dá tempo para isso.
Vivem-se aqueles momentos em que olhamos para o lado e em que parece pensarmos todos o mesmo. Tanta gente, afinal não sou o único. Sabe bem, sabe tão bem…
Há empurrões e uns “com licença” constastes. Gosto dos pedidos de desculpa sorridentes e do ar alienado daqueles que passam sem se aperceber que acabam de pisar alguém.
Está na hora, pelo menos para o relógio.
As luzes anunciam o fim da espera e o desligar do som ambiente acaba com as dúvidas.
Aplausos, assobios, berros. Vai começar…

quarta-feira, 9 de julho de 2008

12º DNCD - Fino vs Imperial

O estranho é passarmos uma vida inteira a chamar as coisas pelos nomes para depois, sem qualquer tipo de senso, sermos obrigados a alterações de linguagem.
- Sim, pedi um fino.
- Um quê?
Perante este tipo de dúvidas, não resta muito mais que ceder. A sede aperta, regionalismos a uma hora destas são descabidos e também não vale a pena fazer aumentar mais a fila.
- Olha, é um destes, igual ao daquele senhor.
É que um fino é um fino, sempre foi e sempre será.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Alive em 2008

Bastaria um destes deuses, somente um, para que valesse a pena.
Juntam-se alguns mortais com poderes, nada de negar.
Durante 3 dias serei politeísta convicto!

domingo, 29 de junho de 2008

4 Dias em resumo

Começo a sul.
Águas mornas, brisas quentes e cabeça a condizer.
Início prometedor: gente, luz e ritmo balcânico.
Não está mau, mas dorme-se pouco.
Outro dia, outras batidas.
Da Jamaica boa energia, do lado a revelação.
Expectativas cumpridas, expectativas no auge.
O norte muitos quilómetros depois. Não custam.
Dia morno, corpo exausto.
Poucas palavras…
Dorme-se e refresca-se a cabeça num mar diferente.
Última noite e a força de uns senhores.
Grita-se “Reggae got soul”.
Grita-se com todo o sentido.
Poucas palavras, nenhumas…
De novo os quilómetros, que custam.
4 Dias de música.
Muitas descobertas e algumas confirmações.
Gostei da música mas isso não chega.
A música não chega, faz o que quiseres!
Eu estou aqui.

P.S. Esqueci-me destes e não devia.

sábado, 21 de junho de 2008

Links activos para quem tem paciência

Descoberta recente, começo por aqui.
São 10 minutos de manhã, outros 10 à tarde e sempre que a sua rede regional de um só emissor permite.
Actualmente desempenham o papel que já foi só destes.
Festivais a começar...
Um a norte, outro a sul, ambos do Mundo!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Amadou e Mariam

Amadou e Mariam são do Mali e juntos formam, há já muitos anos, um casal de músicos.
Conheci um pouco deles esta semana, a propósito da sua vinda a Portugal. Vão estar no Festival do Mediterrâneo no próximo dia 28 e adorava poder vê-los.
Mas não vai dar, afinal de contas não se pode estar em dois sítios ao mesmo tempo…

terça-feira, 17 de junho de 2008

11º DNCD - Cinto vs suspensórios

Até pode haver quem queira saber qual a melhor solução existente para segurar o seu par de calças, mas lançar um tema destes assim, desta forma, num local tão respeitável, é no mínimo um acto de grande mau gosto.
Posto isto, e como já consegui escrever a frase mais longa de todo o blog, termino.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nova mensagem - criar

Antes pude e não apeteceu.
Ontem apetecia mas não pude.
Hoje posso e apetece!

domingo, 1 de junho de 2008

1 de Junho

Segunda-feira, 8 da manha: olho em volta e vejo vidas decididas.
Tudo parece certo, seja a ambição na carreira ou a espera pelo fim do dia.
Uns acreditam no que fazem, dedicam-se e querem aquilo para si. Os outros vão às compras depois das 5, cuidam dos filhos e vêem televisão até deitar.
Em comum há a rotina e o aceitar de uma liberdade que não existe. Já são adultos e por isso estão dispostos a envelhecer desta maneira. O programa está delineado e é só esperar que o tempo passe.
Inserido num ambiente que não reconheço como meu, convivo no meio, forçando a mim próprio aquilo que não pretendo. Qual miúdo birrento, quero fazer o que apetecer, quando apetecer.
É claro que há alternativas, mais ou menos radicais, que permitem contornar o problema. Em qualquer dos casos é precisa coragem e essa, reconheço, tem faltado em demasia.
Uma coisa é certa, não quero e nem sequer estou preparado para certos tipos de vida. O tempo passa a correr e estou pouco disposto a perder tempo.
Penso nisto, perco horas de sono e concluo que não vou deixar de ser criança.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

"Vermelho redundante"

Começar a escrever sem assunto acontece. A ideia é extravasar e por isso inicia-se pelo nada, à espera que qualquer coisa suceda.
Porém o computador abstrai, a janela fechada não ajuda e olha…'deixa cá por os coisos nos ouvidos e ver se isto melhora!'.
É verdade que queria falar de algumas coisas, de ideias que aqui andam e que não há maneira de ganharem cor. Queria pô-las no papel - que já não se usa - e ver se dessa forma ficariam mais claras. Até do tempo queria falar, não fosse quase Junho e a Primavera insistir em não chegar.
Por tudo isto vou aos melhores. A música começa, acomodo-me e embalo. Não foi preciso muito para algumas linhas, embora neste momento isso já tenha passado para segundo plano.
-Eu só quero ver o instante em que chegas à manif – canta-se, o piano faz o resto. Por mim deixo adiadas outras conversas. Deixei-me corromper pela canção e já não há nada a fazer. És o maior e eu vou ouvir outra vez!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vontade de aqui vir

Ideias até há mas andam algo embrulhadas e confusas...

domingo, 18 de maio de 2008

Perguntas, questões...

Vá-se lá entender porque é que uns dias são de uma maneira e outros de outra.
Se são nove e meia da manhã e nos preparamos para ir dormir, fará sentido que 24 horas depois já levemos com quase duas horas de trabalho no lombo?
As coisas são como são e não vale a pena tentar entendê-las, soprará uma qualquer boca fatalista sem hesitar.
Pois bem, esses que fiquem na sua que não farei esforço nenhum para os demover. Cabeça temos todos, cada um faça com ela o que quiser.

sábado, 17 de maio de 2008

Até nem desgosto

Pr'a cima e p'ra baixo, p´rá frente e p´ra trás.
Ganhasse 1 euro por cada km percorrido nos últimos tempos e não necessitaria trabalhar nos próximos anos!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pois foi

Vou e vou porque só visto.
Porque é mesmo à parte e porque se há coisas que se lá esquecem por motivos óbvios, há outras que nem por isso. Se é coisa comum ou realidade paralela não sei, o que é certo é que impressiona.
Bom, e já chega que é tempo de ressaca e de piadas sobre queimaduras!
Para acabar só uma lembrança ao coro a muitas vozes proporcionado por gente que sabe estar...
É Coimbra: porque sim e porque não!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Frágil

"Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar demais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este Whisky de malte
Adorava estar "in"
Mas estou-me a sentir "out"
Frágil
Sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil"

quinta-feira, 1 de maio de 2008

10º DNCD - Maio de 68 vs Maio de 17

Uma vasta extensão de pasto transformada em local de culto, e quase 100 anos de devoção mariana.
E se à partida se apontam as ovelhas e as cabras como naturais prejudicadas pelo sucedido, não é menos importante e justo eleger os grandes beneficiados pela situação.
Ganhou a fé claro, a igreja, os padres, o comércio tradicional e a indústria da cera.
Não critico. A economia necessita ter motores de desenvolvimento e o Mundo credos e dogmas. Cova de Iria para nome de lugar soa-me bem e satisfaz-me a ideia de que o sol andou às voltas no céu.

À porta da Renault e entre encontrões contínuos diz-se à boca cheia que chegou a revolução.
Pelo meio discute-se, leva-se porrada e também se dá.
Aqui não valem argumentos situacionistas ou pró PCF, o coração subiu à cabeça e já não há muito a fazer.
É esperar que passe que quando passar tudo voltará como dantes.

Enfim, é o que dá o Mundo não andar bem.
A questão é que uns pensam mudá-lo, outros pedem ajuda.
A esses, que fazem batota e pedem milagres não dou eu o benefício da dúvida.
Por mim é mesmo assim, mesmo que os resultados desiludam!

domingo, 27 de abril de 2008

Rock n' roll e o resto...

Nem todos estavam lá, mas o som estava lá todo!

sábado, 26 de abril de 2008

quinta-feira, 24 de abril de 2008

9º DNCD - Chrome Dreams II vs Modern Times

Porque ainda se compram cd's e alguns valem a pena.

Porque qualquer dia estão aí e não quero morrer sem os ver.

Dormir até cair

Sim, porque de vez em quando também se pode.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Com muita pinta, sei lá porquê...

De repente dei comigo a bater o pé.
A moça chama-se Yael Naim e a música "New Soul".
Mas há coisas assim, que ficam na cabeça.
De resto não sei mais nada, ou pouco!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

8º DNCD - Bob Dylan vs Bob Marley

Uma estupidez completa, eis a melhor forma para classificar esta luta.
Dito isto e por isso mesmo, aí está ela.

Minneapolis, 1959. Alguém com notório talento para a música inicia uma carreira.
Único problema só mesmo o nome. De facto, se Robert é banal e perfeitamente aceitável, já Zimmerman não parece merecer crédito junto daqueles que, apelidados de empresários, são responsáveis por lançamentos sistemáticos de músicos por este Mundo fora.
De Robert a Bob foi um passo e a Marley seria outro tanto, não fosse dar-se a infelicidade de alguém já lhe ter roubado o apelido.
Optou por Dylan e mesmo parecendo insignificante, o que é facto é que isto alterou significativamente a sua vida. Deixou o ska, o reggae e mesmo a erva passou para segundo plano.
Na Jamaica e sem culpa de nada andava o outro Bob.
Esse, que sempre fora Marley, desconhecia tais devaneios e infortúnios.
Um dia, já com o peso da fama aos ombros, foi informado da bizarra história e em sinal de respeito e homenagem não hesitou em dizer: “It Ain't Me Babe”.

Que sentido fará uma guerra de Bob’s? Nenhum.
Para quê isto? Não respondo.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Promessa

Concertos, música.
Face a tanta coisinha boa que aí vem, juro que não vou falhar!

terça-feira, 8 de abril de 2008

7º DNCD - Declaração de IRS vs Declaração de amor

Evitar certos assuntos é muitas vezes a solução mais fácil.
Porque são difíceis e incómodos, acabam por ser tratados com desleixo num mais que habitual “deixa andar”.
Melhor exemplo, o Modelo 3.
Agora que penso nisso lembro-me do ano passado...
Todos sabemos da importância de certas declarações e talvez seja por isso que face a um processo tão simples, ainda para mais facilitado pelas novas tecnologias, as questões tenham surgido a todo o momento.
Foi difícil mas fez-se, apesar da vergonha em ter que pedir ajuda a quem, claramente mais experiente, não negou o auxílio e o esclarecimento de algumas dúvidas.
O ano passado fez-se e este ano repetiu-se, mesmo que já perto do fim do prazo depois de achar a password desaparecida.
Em resumo: difícil, incómodo, desleixo, questões, dúvidas, vergonha, repetir, achar, esclarecimento.
Por tudo isso é bem mais fácil preencher outro tipo de declarações. Ou será que não?

Ressaca

Horas estranhas, dispensáveis.
Corpo fraco.
Brusca e sem sentido.
É a vida.
Recuperado.

E eu convencido que já não me acontecia disto.

sábado, 5 de abril de 2008

Sei lá que diga

É tarde!
Sim, já sei que é tarde.
Que fazes de pé?
Não sei, apetece-me.
E que tal a semana?
Cansativa, estavas à espera de quê?
Pois, é a vida. É dura e custa a todos.
Pois.
E de resto, que tal?
De resto nada. Cá ando.
Pois.
Isso.
Estás caladito, não te apetece falar?
Nem por isso.
Certo. Sabes quem eu sou?
Não.

domingo, 30 de março de 2008

Dia desgraçado, tu não mereces...

Aos que assim te amputaram, não respondas e espera, que a justiça virá.
Tem calma com o teu irmão, esse tal, cobardemente privilegiado e que apenas em Outubro - ou será Novembro? - surgirá.
Se não nos virmos mais hoje, até p'ró ano.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Apêndice à posta anterior

Também pode dar-se o caso de não saber minimamente o que escrever e ter sido esta a única maneira de escapar à parvoíce do título.

6º DNCD - "Com a breca das 8 às 20" vs "Rais ta pelem das 20 às 8"

Tinha tanto a dizer sobre este assunto...
Começava pelos horários e acabava na luta de classes.
Mas enfim, vou mas é estar quieto, que já passa da meia-noite e os 27 já cá cantam!

terça-feira, 11 de março de 2008

Hey...'bora' atrás deles?!



Ponto de situação

Aqui para estes lados está difícil parar e pensar, nem que seja dois minutos. Os deveres chamam, apelam ao sacrifício e a correria, constante, faz o resto.
Hoje lá me lembrei que gosto de aqui passar, subtraí uma hora ao sono e acabei por ser recompensado.

Hoje é pouco tempo, prometo a mim próprio que passará a ser mais.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Será que um blogue ganha pó?

Sem nada para dizer, lembrei-me e vim aqui deixar um 'Olá'.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

5º DNCD - “Chico Fininho” vs “Jeremias, o Fora da Lei”

Incompreensivelmente esquecidos para a nomeação dos cem melhores portugueses de sempre, eis que surgem ao virar da esquina duas personagens maiores da nossa sociedade.
Agora na meia-idade e com o peso às costas que uma vida de excessos acarreta, parecem mesmo assim manter todo o vigor e qualidades que os tornaram famosos.
Do Chico, ‘Fininho’ para os amigos, poucos no Porto não terão ouvido falar. Em plenos anos 80, ficou conhecido por deambular pelas ruas daquela cidade, de ‘phones’ nos ouvidos, sem ligar nenhuma a quem passava.
A pressa habitual sugeria compromissos importantes e não abrandava a passada, mesmo ao som da lenta batida de ”Walk on the Wild Side”.
Certamente que ainda hoje anda a tratar da vida, e se quer manter os vícios tem que ganhar para eles. Ilegalidades capazes de o pôr ‘dentro’, é certo, mas não enquanto o seu olho conseguir mirar a polícia à distância.
Domina a noite com um estilo peculiar conseguindo desta forma esconder os graves problemas gastrointestinais de que padece. Acha que está tudo controlado e que a coisa se comporá facilmente com um pouco menos de ressacas e alguma vitamina C.
É capaz de ter razão. Afinal de contas ainda é vivo e nunca foi detido.
Jeremias sempre foi diferente, embora os problemas com as autoridades o persigam desde muito novo. Não se lhe conhecem quaisquer problemas de saúde, gosta da pinga, e sem se sentir preso a qualquer lugar considera-se um cidadão do mundo.
No fundo o seu estilo é outro, o crime não lhe traz grandes vantagens a não ser uma enorme satisfação pessoal.
Viciado no cheiro a pólvora queimada, há quem nele veja um anarquista.
Contudo política não é com ele. Ao mau estado geral das coisas não responde com a habitual tentativa de mudar o mundo, mas antes com um requintado ‘saltar fora’ que lhe permite criar o seu próprio universo.
Jeremias é temido, veste-se de preto, rouba aos ricos para dar aos pobres e gasta o pouco que lhe sobra em pás e enxadas, na busca incessante de um tesouro enterrado.
No meio destas contradições consegue manter uma vida tranquila, embora isso de se meter com mulheres casadas lhe traga constantes problemas.
Secretamente sonha ver todos os tribunais e departamentos de finanças em escombros, mas dificilmente conseguirá cumprir o desejo de ir parar ao inferno.
Provavelmente esta é a primeira vez que um e outro se cruzam, já que não é conhecida nenhuma relação de proximidade entre ambos.

Quanto ao duelo, pormenor sem importância, Jeremias acaba de o ganhar, por K.O.

"Grândolas"

Pior que andar aborrecido só mesmo acordar com dor de cabeça.
Chove torrencialmente e o dia é quase todo passado a vegetar, sem vontade e sem saber o que fazer.
À noite um impulso leva-nos a sair de casa, já não há bilhetes mas a espera é compensada. Segue-se hora e meia de concerto e entre improvisos vários, quatro mãos talentosas exibem a obra do mestre.
À saída a disposição é outra com a conquista de algumas garrafas de oxigénio que servirão para os dias que se avizinham.

Para aqueles que andam deprimidos recomendo coisas assim. É que música é remédio para tudo…

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Comichão cerebral

O que é que se faz quando o cérebro cola e nem uma ideia sequer é capaz de pousar na cabeça?
Simples, faz-se xixi e vai-se para a cama. Até amanhã!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

4º DNCD - O gajo de Gondomar vs O gajo do Marco

Começo mal. Tratar as pessoas por gajo nunca foi bonito e muito menos educado.
Havia de ter nascido uns anos antes para ver se aprendia a ter respeito por pessoas mais velhas. Ainda para mais falar desta maneira de personalidades tão prestigiadas, senhores de dignidade inquestionável, autores de obras sem fim…
É o que dá crescer numa sociedade sem valores e alheia às normas necessárias à ordem, factor indispensável para colocar este país nos eixos.
Já para não falar da total falta de espírito democrático, se é gente sujeita a sistemáticos sufrágios e que deles tem saído vencedora de forma absolutamente esmagadora.
Devia era estar quieto, mas não. Prefiro estar para aqui a sugerir questiúnculas sem importância, pormenores quando comparadas com a magnitude cívica destes cidadãos.

Pego num lápis e agarro num papel.
A ideia seria ir apontando situações vividas por um e por outro, porventura até comuns a ambos. No final decidiria qual o vencedor do duelo, sendo que o critério para o definir passaria pelo grau de estupefacção causada a mim próprio.
Mas é demais. A quantidade de episódios é tal que o meu cérebro não aguenta tanto registo.
Apesar de tudo vem-me à memória uma situação de intimidações e agressões a jornalistas imputada ao Sr. Avelino. Na altura não contive o riso, embora os ditos não devam ter achado piada nenhuma.
Graça também não deve ter visto o desgraçado do técnico, responsável pelo som do palanque onde discursava o xôr major após mais uma vitória eleitoral. Quase que o autarca o comia com os olhos, nos momentos em que não sorria à plateia, pela porcaria do microfone não funcionar…E quando o homem apareceu aos repórteres de roupão vestido à porta de casa, após breves horas de detenção?
Pronto, está decidido. Ganha o Valentim, sem dúvida que tem mais pinta. Ainda por cima é major e nos dias que correm sempre pode dar jeito ter alguém bem colocado no exército.

Ah! Só para acabar…
Este tipo de pessoas tem por hábito colocar processos em tribunal a quem, dizem eles, de alguma forma coloca em causa aquela sua coisa da honorabilidade. Pois eu por mim estou descansado. É que como ninguém vai ler isto, não corro esse risco.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

3º DNCD - Dormir até à uma vs Missa dominical

Domingo, oito da manhã.
Pergunto-me quantas pessoas cumprirão o velho ritual de se levantar para ir à missa. Bem, sem fazer ideia do número exacto direi que serão certamente muitas.
É claro que estou a pensar nisto agora que são onze e meia da noite e não a hora a que esse crime é semanalmente cometido. Por essa altura prefiro simplesmente dormir.
Com toda a sinceridade, que sítio haverá melhor para estar numa manhã de fim-de-semana que na cama? Se calhar até haverá alguns, mas na igreja, de joelhos, não será certamente.
E já que estou numa de padres, bispos e afins, aproveito para fazer a terceira pergunta da noite: Deus existe?
Ai, não era nada disto. Na verdade a terceira pergunta que agora passou a quarta tinha mais que ver com uma curiosidade pessoal relacionada com as vestes dos sacerdotes. Enfim, não interessa. Adoro dormir de manhã e só não o faço se tiver mesmo que ser.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Aqui...há umas horas atrás

Sabe bem ver chegar o dia ao fim.
Sabe bem sentir o corpo cansado cair no sofá.
Sabe bem pegar na viola e sentir as cordas vibrar.
Sabe bem esquecer tudo o que não interessa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Achar o norte

E depois das viagens… de volta à rotina.
Os dias sucedem-se e nem se vê o tempo a passar. No meio disto tudo pergunto-me se não valerá a pena mudar de ares, sendo certo que a expressão “estou farto desta merda”, nunca se aplicou tão bem.
Apetece-me ver outras gentes e com isto não acho que esteja a ser preconceituoso. Não mesmo, embora já mo tenham dito.
Aborrece-me pensar que deixo outros decidir aquilo que me pertence a mim decidir. Está na hora de deixar a inércia de lado e de me meter ao caminho.

Enfim, espero alguma mudança. Até porque há coisas engraçadas e outras “surreais”!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Viagens

Hoje é um daqueles dias estranhos.
Levantei-me há não sei quantas horas e mesmo assim insisto em continuar de pé, sei lá porquê… É engraçado pensar que depois do acordar e do levantar, do trabalho e do descanso, da viagem e das paragens, das conversas e dos copos, ainda sobra tempo para um último momento de silêncio e descontracção. Tenho sono mas não me apetece ir dormir.
Até foi um dia banal e semelhante a tantos outros... Bem, não é todos os dias que se perde o cartão do multibanco, mas mesmo isso resolve-se sem nenhuma crise nervosa. Azar, cancela-se e manda vir-se outro.
Gostei do dia, das pessoas, dos sítios e do sentido da viagem.
Agora aprecio a calma e sorrio perante o que leio. Poderia até tentar mais um daqueles estranhos confrontos, mas não vale a pena. É melhor observar outros (de outros) que parecem mais sentidos…

E para acabar, uma musiquinha…p’ra passarinho dormir!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

domingo, 20 de janeiro de 2008

Cenas de um fim-de-semana

Muito calmo.
Valeu pelo filmezinho e pelo concerto daqueles espanhóis.
De resto soube bem descansar e dormir até cair. Com muita música claro, que sem ela já não resulta.
E fica a descoberta: Stockholm Lisboa Project!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

2º DNCD - Playlist vs Chá de limão com mel

Se há coisas que me chateiam, há outras que me aborrecem.
Ora esta frase sem sentido vem a propósito daquilo a que as pessoas costumam chamar de playlist!
A palavra em si não tem nada de negativo. É apenas mais um termo anglo-saxónico importado e até soa razoavelmente bem. O problema não está no nome mas naquilo que representa. Vamos por partes…
Quando se ouve por pouco tempo que seja uma das rádios de música nacionais, facilmente se percebe que o papel do locutor é o de um mero ‘clicador’ – esta palavra não existe – de rato. Acho que aquela função é perfeitamente realizável por qualquer pessoa que tenha voz sensual e não se engane a dizer as temperaturas previstas para o território nacional.
Claro que estou a ser injusto. Há excepções a nível de profissionais e de rádios. No entanto o panorama geral é triste e por incrível que pareça é nas estações mais pequenas, muitas vezes feitas por amadores e universitários, que se encontram os bons programas de autor, temáticos e para todos os gostos.
E não me venham com as teorias de estudo de mercado e tretas do género. Porque são 50 rádios a dar 30 vezes por dia a Shakira ou a música do Ben Harper com a Vanessa da Mata. Se algumas optassem por outro caminho com certeza que só teriam a ganhar!
Bom, e não me apetece apresentar mais argumentos. Para acabar só queria justificar o título que está no cabeçalho.
É que no outro dia fui ao médico e claro, tive que aguentar quase 3 quartos de hora na sala de espera. Pois bem, o que é que a senhora tinha a altos berros mesmo ao lado do meu ouvido? Isso mesmo, um rádio sintonizado na RFM! Fosse noutros tempos e com certeza que nem sequer sairia de casa por causa da gripe. É que a minha escolha entre a bela da meia hora de música sem conversa pelo meio e uma caneca de chá, já está feita há muito tempo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Aqui e agora O Tributo


Músicas que fazem sonhar

A propósito do álbum de tributo a Adriano Correia de Oliveira, dei comigo a recordar um tema do outro mundo. Chama-se “Fala do homem nascido”, poema de António Gedeão e música de José Niza. A versão, sublime, é de Nuno Prata.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Serão televisivo

Não acontecia há algum tempo, mas no último Domingo à noite sentei-me em frente à televisão.
Dei comigo a ver um filme qualquer dos an
os 80 onde pude assistir à melhor piada sobre preservativos fluorescentes de que me lembro…
Num dos intervalos, troquei de filme. Neste outro abordava-se a questão racial na América. Sem grande entusiasmo, vi-o até ao fim. E lá fui confirmando que ainda há por aí muito fascista…

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Há dias...

Há dias que por todos os motivos deveriam ter 48 horas.
Depois há aqueles em que metade do tempo bastaria.
Outros há que seria um favor não existirem...
Por fim sobram os poucos que parecem durar precisamente o necessário. Se calhar é nestes que julgamos ser felizes.

domingo, 6 de janeiro de 2008

1º DNCD - "A Portuguesa" vs "Portugal, Portugal"

Temática complicada esta a do patriotismo. Além disso, juntar Henrique Lopes de Mendonça (HLP), oficial naval de há cem anos atrás, com alguém como Jorge Palma (JP) poderá tornar-se um pouco contraproducente.
Enfim, não vale a pena voltar atrás…

A jogar em casa, HLP não hesita em começar ao ataque e num gesto romântico-realista atira com um “Heróis do mar, nobre povo”.
Sem argumentos em contrário Jorge Palma aplaude e concorda. Afinal de contas trata-se de “gente de muita coragem” capaz de “acreditar na sua mensagem”!!!
Ora, esta aparente troca de galhardetes não favorece o espectáculo e ciente disso mesmo JP parte para o desagradável. Começa por sugerir uma qualquer falta de memória acentuando o tom de provocação com uma acusação gravíssima. É que ao que parece os ditos nobres quiseram impor uma religião.
Todos sabemos que isto não se faz, daí o visado apelar ao levantamento imediato do esplendor de Portugal. Sem provocar grandes efeitos ataca de novo mas o facto é que ainda hoje ninguém sabe muito bem o que a palavra 'egrégios' quer dizer.
- Assim é difícil!!! – berra um espectador.
E “de que é que estás à espera?”, diz JP plenamente ciente que quase não precisa de atacar, bastando-lhe esperar pelos erros do adversário.
O certo é que estas coisas do nacionalismo não são assim tão simples. Chegar à vitória é sempre possível nem que para tal seja preciso apelar às armas.
Pois bem, os exércitos até podem estar bem preparados mas a moral não é imune a acusações de apostas clandestinas, pornografia, agressões contra invisuais e pedofilia…
Sem o confessar, Palma anui para o facto do país se estar a afogar, coisa que deixa o seu adversário completamente confuso…
Desta forma, e num acto suicida de total desespero, as tropas fiéis ao Hino Nacional são obrigadas a marchar contra os canhões…
- Vai p’ra lá tu – grita um soldado desertor para o seu comandante!
É quase o fim da história. A luta está perdida e pouco mais resta que contar os mortos.
Quanto ao vencedor há pouco a dizer. A vitória não foi difícil e sem grande entusiasmo, cumprimenta o seu oponente dizendo:
- Anda lá pá, vê la se mudas esse feitio. Assim, assim ninguém te pode ajudar!

P.S. - Texto escrito depois de uma noite de copos com uma taxa de alcoolemia no sangue superior a 1,2 gr/l.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Duelos num combate desigual (DNCD) - Início

A ideia não é nova.
Assim, e numa tentativa de aplicar argumentos que se oponham, tentarei colocar em confronto qualquer coisa que seja.
Chamei-lhe "duelos num combate desigual". É um nome parvo mas não me lembrei de outro melhor.
E como ninguém percebeu nada, o melhor é começar.

Pronto, vamos lá ver se consigo. É que já ouvi dizer que isto tem o seu q de... ai como se diz, dialéctica!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

E para começar...uma pergunta

Mas afinal que geração é esta que se recusa a deixar de ser criança?