Sabe bem ver chegar o dia ao fim.
Sabe bem sentir o corpo cansado cair no sofá.
Sabe bem pegar na viola e sentir as cordas vibrar.
Sabe bem esquecer tudo o que não interessa.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Aqui...há umas horas atrás
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Achar o norte
E depois das viagens… de volta à rotina.
Os dias sucedem-se e nem se vê o tempo a passar. No meio disto tudo pergunto-me se não valerá a pena mudar de ares, sendo certo que a expressão “estou farto desta merda”, nunca se aplicou tão bem.
Apetece-me ver outras gentes e com isto não acho que esteja a ser preconceituoso. Não mesmo, embora já mo tenham dito.
Aborrece-me pensar que deixo outros decidir aquilo que me pertence a mim decidir. Está na hora de deixar a inércia de lado e de me meter ao caminho.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Viagens
Hoje é um daqueles dias estranhos.
Levantei-me há não sei quantas horas e mesmo assim insisto em continuar de pé, sei lá porquê… É engraçado pensar que depois do acordar e do levantar, do trabalho e do descanso, da viagem e das paragens, das conversas e dos copos, ainda sobra tempo para um último momento de silêncio e descontracção. Tenho sono mas não me apetece ir dormir.
Até foi um dia banal e semelhante a tantos outros... Bem, não é todos os dias que se perde o cartão do multibanco, mas mesmo isso resolve-se sem nenhuma crise nervosa. Azar, cancela-se e manda vir-se outro.
Gostei do dia, das pessoas, dos sítios e do sentido da viagem.
Agora aprecio a calma e sorrio perante o que leio. Poderia até tentar mais um daqueles estranhos confrontos, mas não vale a pena. É melhor observar outros (de outros) que parecem mais sentidos…
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
Cenas de um fim-de-semana
Muito calmo.
Valeu pelo filmezinho e pelo concerto daqueles espanhóis.
De resto soube bem descansar e dormir até cair. Com muita música claro, que sem ela já não resulta.
E fica a descoberta: Stockholm Lisboa Project!
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
2º DNCD - Playlist vs Chá de limão com mel
Se há coisas que me chateiam, há outras que me aborrecem.
Ora esta frase sem sentido vem a propósito daquilo a que as pessoas costumam chamar de playlist!
A palavra em si não tem nada de negativo. É apenas mais um termo anglo-saxónico importado e até soa razoavelmente bem. O problema não está no nome mas naquilo que representa. Vamos por partes…
Quando se ouve por pouco tempo que seja uma das rádios de música nacionais, facilmente se percebe que o papel do locutor é o de um mero ‘clicador’ – esta palavra não existe – de rato. Acho que aquela função é perfeitamente realizável por qualquer pessoa que tenha voz sensual e não se engane a dizer as temperaturas previstas para o território nacional.
Claro que estou a ser injusto. Há excepções a nível de profissionais e de rádios. No entanto o panorama geral é triste e por incrível que pareça é nas estações mais pequenas, muitas vezes feitas por amadores e universitários, que se encontram os bons programas de autor, temáticos e para todos os gostos.
E não me venham com as teorias de estudo de mercado e tretas do género. Porque são 50 rádios a dar 30 vezes por dia a Shakira ou a música do Ben Harper com a Vanessa da Mata. Se algumas optassem por outro caminho com certeza que só teriam a ganhar!
Bom, e não me apetece apresentar mais argumentos. Para acabar só queria justificar o título que está no cabeçalho.
É que no outro dia fui ao médico e claro, tive que aguentar quase 3 quartos de hora na sala de espera. Pois bem, o que é que a senhora tinha a altos berros mesmo ao lado do meu ouvido? Isso mesmo, um rádio sintonizado na RFM! Fosse noutros tempos e com certeza que nem sequer sairia de casa por causa da gripe. É que a minha escolha entre a bela da meia hora de música sem conversa pelo meio e uma caneca de chá, já está feita há muito tempo.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Músicas que fazem sonhar
A propósito do álbum de tributo a Adriano Correia de Oliveira, dei comigo a recordar um tema do outro mundo. Chama-se “Fala do homem nascido”, poema de António Gedeão e música de José Niza. A versão, sublime, é de Nuno Prata.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Serão televisivo
Não acontecia há algum tempo, mas no último Domingo à noite sentei-me em frente à televisão.
Dei comigo a ver um filme qualquer dos anos 80 onde pude assistir à melhor piada sobre preservativos fluorescentes de que me lembro…
Num dos intervalos, troquei de filme. Neste outro abordava-se a questão racial na América. Sem grande entusiasmo, vi-o até ao fim. E lá fui confirmando que ainda há por aí muito fascista…
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Há dias...
Há dias que por todos os motivos deveriam ter 48 horas.
Depois há aqueles em que metade do tempo bastaria.
Outros há que seria um favor não existirem...
Por fim sobram os poucos que parecem durar precisamente o necessário. Se calhar é nestes que julgamos ser felizes.
domingo, 6 de janeiro de 2008
1º DNCD - "A Portuguesa" vs "Portugal, Portugal"
Temática complicada esta a do patriotismo. Além disso, juntar Henrique Lopes de Mendonça (HLP), oficial naval de há cem anos atrás, com alguém como Jorge Palma (JP) poderá tornar-se um pouco contraproducente.
Enfim, não vale a pena voltar atrás…
A jogar em casa, HLP não hesita em começar ao ataque e num gesto romântico-realista atira com um “Heróis do mar, nobre povo”.
Sem argumentos em contrário Jorge Palma aplaude e concorda. Afinal de contas trata-se de “gente de muita coragem” capaz de “acreditar na sua mensagem”!!!
Ora, esta aparente troca de galhardetes não favorece o espectáculo e ciente disso mesmo JP parte para o desagradável. Começa por sugerir uma qualquer falta de memória acentuando o tom de provocação com uma acusação gravíssima. É que ao que parece os ditos nobres quiseram impor uma religião.
Todos sabemos que isto não se faz, daí o visado apelar ao levantamento imediato do esplendor de Portugal. Sem provocar grandes efeitos ataca de novo mas o facto é que ainda hoje ninguém sabe muito bem o que a palavra 'egrégios' quer dizer.
- Assim é difícil!!! – berra um espectador.
E “de que é que estás à espera?”, diz JP plenamente ciente que quase não precisa de atacar, bastando-lhe esperar pelos erros do adversário.
O certo é que estas coisas do nacionalismo não são assim tão simples. Chegar à vitória é sempre possível nem que para tal seja preciso apelar às armas.
Pois bem, os exércitos até podem estar bem preparados mas a moral não é imune a acusações de apostas clandestinas, pornografia, agressões contra invisuais e pedofilia…
Sem o confessar, Palma anui para o facto do país se estar a afogar, coisa que deixa o seu adversário completamente confuso…
Desta forma, e num acto suicida de total desespero, as tropas fiéis ao Hino Nacional são obrigadas a marchar contra os canhões…
- Vai p’ra lá tu – grita um soldado desertor para o seu comandante!
É quase o fim da história. A luta está perdida e pouco mais resta que contar os mortos.
Quanto ao vencedor há pouco a dizer. A vitória não foi difícil e sem grande entusiasmo, cumprimenta o seu oponente dizendo:
- Anda lá pá, vê la se mudas esse feitio. Assim, assim ninguém te pode ajudar!
P.S. - Texto escrito depois de uma noite de copos com uma taxa de alcoolemia no sangue superior a 1,2 gr/l.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Duelos num combate desigual (DNCD) - Início
A ideia não é nova.
Assim, e numa tentativa de aplicar argumentos que se oponham, tentarei colocar em confronto qualquer coisa que seja.
Chamei-lhe "duelos num combate desigual". É um nome parvo mas não me lembrei de outro melhor.
E como ninguém percebeu nada, o melhor é começar.
Pronto, vamos lá ver se consigo. É que já ouvi dizer que isto tem o seu q de... ai como se diz, dialéctica!