sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Será que um blogue ganha pó?

Sem nada para dizer, lembrei-me e vim aqui deixar um 'Olá'.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

5º DNCD - “Chico Fininho” vs “Jeremias, o Fora da Lei”

Incompreensivelmente esquecidos para a nomeação dos cem melhores portugueses de sempre, eis que surgem ao virar da esquina duas personagens maiores da nossa sociedade.
Agora na meia-idade e com o peso às costas que uma vida de excessos acarreta, parecem mesmo assim manter todo o vigor e qualidades que os tornaram famosos.
Do Chico, ‘Fininho’ para os amigos, poucos no Porto não terão ouvido falar. Em plenos anos 80, ficou conhecido por deambular pelas ruas daquela cidade, de ‘phones’ nos ouvidos, sem ligar nenhuma a quem passava.
A pressa habitual sugeria compromissos importantes e não abrandava a passada, mesmo ao som da lenta batida de ”Walk on the Wild Side”.
Certamente que ainda hoje anda a tratar da vida, e se quer manter os vícios tem que ganhar para eles. Ilegalidades capazes de o pôr ‘dentro’, é certo, mas não enquanto o seu olho conseguir mirar a polícia à distância.
Domina a noite com um estilo peculiar conseguindo desta forma esconder os graves problemas gastrointestinais de que padece. Acha que está tudo controlado e que a coisa se comporá facilmente com um pouco menos de ressacas e alguma vitamina C.
É capaz de ter razão. Afinal de contas ainda é vivo e nunca foi detido.
Jeremias sempre foi diferente, embora os problemas com as autoridades o persigam desde muito novo. Não se lhe conhecem quaisquer problemas de saúde, gosta da pinga, e sem se sentir preso a qualquer lugar considera-se um cidadão do mundo.
No fundo o seu estilo é outro, o crime não lhe traz grandes vantagens a não ser uma enorme satisfação pessoal.
Viciado no cheiro a pólvora queimada, há quem nele veja um anarquista.
Contudo política não é com ele. Ao mau estado geral das coisas não responde com a habitual tentativa de mudar o mundo, mas antes com um requintado ‘saltar fora’ que lhe permite criar o seu próprio universo.
Jeremias é temido, veste-se de preto, rouba aos ricos para dar aos pobres e gasta o pouco que lhe sobra em pás e enxadas, na busca incessante de um tesouro enterrado.
No meio destas contradições consegue manter uma vida tranquila, embora isso de se meter com mulheres casadas lhe traga constantes problemas.
Secretamente sonha ver todos os tribunais e departamentos de finanças em escombros, mas dificilmente conseguirá cumprir o desejo de ir parar ao inferno.
Provavelmente esta é a primeira vez que um e outro se cruzam, já que não é conhecida nenhuma relação de proximidade entre ambos.

Quanto ao duelo, pormenor sem importância, Jeremias acaba de o ganhar, por K.O.

"Grândolas"

Pior que andar aborrecido só mesmo acordar com dor de cabeça.
Chove torrencialmente e o dia é quase todo passado a vegetar, sem vontade e sem saber o que fazer.
À noite um impulso leva-nos a sair de casa, já não há bilhetes mas a espera é compensada. Segue-se hora e meia de concerto e entre improvisos vários, quatro mãos talentosas exibem a obra do mestre.
À saída a disposição é outra com a conquista de algumas garrafas de oxigénio que servirão para os dias que se avizinham.

Para aqueles que andam deprimidos recomendo coisas assim. É que música é remédio para tudo…

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Comichão cerebral

O que é que se faz quando o cérebro cola e nem uma ideia sequer é capaz de pousar na cabeça?
Simples, faz-se xixi e vai-se para a cama. Até amanhã!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

4º DNCD - O gajo de Gondomar vs O gajo do Marco

Começo mal. Tratar as pessoas por gajo nunca foi bonito e muito menos educado.
Havia de ter nascido uns anos antes para ver se aprendia a ter respeito por pessoas mais velhas. Ainda para mais falar desta maneira de personalidades tão prestigiadas, senhores de dignidade inquestionável, autores de obras sem fim…
É o que dá crescer numa sociedade sem valores e alheia às normas necessárias à ordem, factor indispensável para colocar este país nos eixos.
Já para não falar da total falta de espírito democrático, se é gente sujeita a sistemáticos sufrágios e que deles tem saído vencedora de forma absolutamente esmagadora.
Devia era estar quieto, mas não. Prefiro estar para aqui a sugerir questiúnculas sem importância, pormenores quando comparadas com a magnitude cívica destes cidadãos.

Pego num lápis e agarro num papel.
A ideia seria ir apontando situações vividas por um e por outro, porventura até comuns a ambos. No final decidiria qual o vencedor do duelo, sendo que o critério para o definir passaria pelo grau de estupefacção causada a mim próprio.
Mas é demais. A quantidade de episódios é tal que o meu cérebro não aguenta tanto registo.
Apesar de tudo vem-me à memória uma situação de intimidações e agressões a jornalistas imputada ao Sr. Avelino. Na altura não contive o riso, embora os ditos não devam ter achado piada nenhuma.
Graça também não deve ter visto o desgraçado do técnico, responsável pelo som do palanque onde discursava o xôr major após mais uma vitória eleitoral. Quase que o autarca o comia com os olhos, nos momentos em que não sorria à plateia, pela porcaria do microfone não funcionar…E quando o homem apareceu aos repórteres de roupão vestido à porta de casa, após breves horas de detenção?
Pronto, está decidido. Ganha o Valentim, sem dúvida que tem mais pinta. Ainda por cima é major e nos dias que correm sempre pode dar jeito ter alguém bem colocado no exército.

Ah! Só para acabar…
Este tipo de pessoas tem por hábito colocar processos em tribunal a quem, dizem eles, de alguma forma coloca em causa aquela sua coisa da honorabilidade. Pois eu por mim estou descansado. É que como ninguém vai ler isto, não corro esse risco.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

3º DNCD - Dormir até à uma vs Missa dominical

Domingo, oito da manhã.
Pergunto-me quantas pessoas cumprirão o velho ritual de se levantar para ir à missa. Bem, sem fazer ideia do número exacto direi que serão certamente muitas.
É claro que estou a pensar nisto agora que são onze e meia da noite e não a hora a que esse crime é semanalmente cometido. Por essa altura prefiro simplesmente dormir.
Com toda a sinceridade, que sítio haverá melhor para estar numa manhã de fim-de-semana que na cama? Se calhar até haverá alguns, mas na igreja, de joelhos, não será certamente.
E já que estou numa de padres, bispos e afins, aproveito para fazer a terceira pergunta da noite: Deus existe?
Ai, não era nada disto. Na verdade a terceira pergunta que agora passou a quarta tinha mais que ver com uma curiosidade pessoal relacionada com as vestes dos sacerdotes. Enfim, não interessa. Adoro dormir de manhã e só não o faço se tiver mesmo que ser.