segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Toques do Caramulo

De olhos na serra e virados para o mundo.
Assim de repente é do que lembro, depois de os voltar a ouvir.
Quando há uns meses os conheci, fiquei intrigado. Na altura, bastou um par de músicas para isso. Afinal que raio de grupo seria esse que, agarrando em modas e cantos regionais, os recriava de forma tão livre e arrojada?
Três concertos depois, não restam dúvidas.
Os Toques ganham ao vivo a força de quem nasceu para conversar com o público, justificando por completo o nome dado ao álbum.
A empatia criada é assim qualquer coisa transbordante para aqueles que assistem e que, por isso, pertencem ao espectáculo.
Muita da culpa tem-na o vocalista que entusiasma as faces mais sóbrias. A propósito, ouço-o e lembro-me do grande Fausto.
Enfim, perdoe-se-me a estúpida analogia.
Há poucos dias, de pleno 25 de Abril, foi giro ver ser lançado um cd para a multidão, acompanhar o seu voo, e vê-lo cair ali à frente, dizendo: ”Toma, é para ti!”
Puro folk serrano, dizem eles.

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