quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

2º DNCD - Playlist vs Chá de limão com mel

Se há coisas que me chateiam, há outras que me aborrecem.
Ora esta frase sem sentido vem a propósito daquilo a que as pessoas costumam chamar de playlist!
A palavra em si não tem nada de negativo. É apenas mais um termo anglo-saxónico importado e até soa razoavelmente bem. O problema não está no nome mas naquilo que representa. Vamos por partes…
Quando se ouve por pouco tempo que seja uma das rádios de música nacionais, facilmente se percebe que o papel do locutor é o de um mero ‘clicador’ – esta palavra não existe – de rato. Acho que aquela função é perfeitamente realizável por qualquer pessoa que tenha voz sensual e não se engane a dizer as temperaturas previstas para o território nacional.
Claro que estou a ser injusto. Há excepções a nível de profissionais e de rádios. No entanto o panorama geral é triste e por incrível que pareça é nas estações mais pequenas, muitas vezes feitas por amadores e universitários, que se encontram os bons programas de autor, temáticos e para todos os gostos.
E não me venham com as teorias de estudo de mercado e tretas do género. Porque são 50 rádios a dar 30 vezes por dia a Shakira ou a música do Ben Harper com a Vanessa da Mata. Se algumas optassem por outro caminho com certeza que só teriam a ganhar!
Bom, e não me apetece apresentar mais argumentos. Para acabar só queria justificar o título que está no cabeçalho.
É que no outro dia fui ao médico e claro, tive que aguentar quase 3 quartos de hora na sala de espera. Pois bem, o que é que a senhora tinha a altos berros mesmo ao lado do meu ouvido? Isso mesmo, um rádio sintonizado na RFM! Fosse noutros tempos e com certeza que nem sequer sairia de casa por causa da gripe. É que a minha escolha entre a bela da meia hora de música sem conversa pelo meio e uma caneca de chá, já está feita há muito tempo.

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