domingo, 24 de maio de 2009

18º DNCD - Vontade vs Obrigações

Começo por ouvir um barulho estranho.
Depois, sem saber bem o que é, vou despertando, incapaz de perceber o que se passa. O ruído vai aumentando de volume e a este junta-se um outro em redundância.
Neste momento apercebo-me que os sons vêem dos despertadores, tomo consciência que são sete da manhã e que, em princípio, vai-me dar qualquer coisa má.
Sinto-me preso, incapaz de mexer sequer um membro. Faltam-me forças até para parar com aquele chinfrim.
Um impulso de coragem faz-me retirar um braço para fora dos lençóis e, meio às apalpadelas, consigo impor de novo o silêncio.
São breves os segundos de conforto. Nisto, já o cérebro vai fazendo contas de cabeça, a ver até quando o repouso pode durar. Só mais dez minutos, vai-se pensando.
Eis-me de novo tranquilo quando volta o barulho. Algumas das poucas energias encontradas servem para insultar meio mundo, as restantes utilizo-as para desligar o telemóvel.
São sete e um quarto quando me viro para o outro lado. Lentamente, o nível de consciência vai aumentando, o mal-estar mantém-se.
Às sete e vinte decido abrir pela primeira vez os olhos. Depois das notícias, o rádio debita uma música animadora. Quando acabar, levanto-me.
Higienes à parte, arrasto-me para a cozinha em estado de sonambulismo. Aparvalhado, vou olhando para os cereais ao mesmo tempo que os mastigo sem vontade e sem pressa.
Até às dez da manhã não me peçam simpatias.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Numa tasca

Sim, soa a novo.
Tem fado, tem festa e parece capaz de juntar só coisas boas. A alegria da tasca salta à vista, mesmo com a inevitável distância que um monitor ou um CD impõem.
Por isso não os conheço bem e por isso digo que ao vivo a música deve ser outra.
Chamam-se O'queStrada e andam por aí.