domingo, 1 de junho de 2008

1 de Junho

Segunda-feira, 8 da manha: olho em volta e vejo vidas decididas.
Tudo parece certo, seja a ambição na carreira ou a espera pelo fim do dia.
Uns acreditam no que fazem, dedicam-se e querem aquilo para si. Os outros vão às compras depois das 5, cuidam dos filhos e vêem televisão até deitar.
Em comum há a rotina e o aceitar de uma liberdade que não existe. Já são adultos e por isso estão dispostos a envelhecer desta maneira. O programa está delineado e é só esperar que o tempo passe.
Inserido num ambiente que não reconheço como meu, convivo no meio, forçando a mim próprio aquilo que não pretendo. Qual miúdo birrento, quero fazer o que apetecer, quando apetecer.
É claro que há alternativas, mais ou menos radicais, que permitem contornar o problema. Em qualquer dos casos é precisa coragem e essa, reconheço, tem faltado em demasia.
Uma coisa é certa, não quero e nem sequer estou preparado para certos tipos de vida. O tempo passa a correr e estou pouco disposto a perder tempo.
Penso nisto, perco horas de sono e concluo que não vou deixar de ser criança.

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